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7 armadilhas que tiram seu foco

Data do post: 11/05/2018

Ansiedade

É véspera de um exame importante. Seu foco de atenção está no teste do dia seguinte. Parece tudo certo... mas dá tudo errado. Quem já passou por essa situação conhece o súbito bloqueio em que tudo se apaga. A neuropsicóloga Sílvia Bolognani, pesquisadora do departamento de psicobiologia da Unifesp, diz que o “apagão” nada mais é que uma reação cerebral a uma situação de ameaça. Quando estamos ansiosos, a mente prepara o organismo para fugir ou lutar sem diferenciar entre o que é real e o que é imaginário. “Não sobra foco atencional para as outras coisas de que a gente precisa”, resume Bolognani. O medo de fracassar é tanto que bloqueamos outras funções do nosso cérebro. Para controlar, tente mudar o foco. Por exemplo, durante os estudos, faça algo diferente, como dar uma volta no quarteirão ou no parque, tomar sorvete, ouvir música.

Multitarefas

Você é do tipo multitarefas, que responde aos e-mails pessoais e do trabalho, checa as mensagens no celular e nas redes sociais, lê as últimas notícias no jornal e na internet e atende o telefone ao mesmo tempo? Ah, e enquanto faz tudo isso ainda está separando as contas para pagar? Para a neurocientista Silvia Bolognani, o problema é querer pensar em coisas demais ao mesmo tempo. “Imagine que o nosso cérebro é a memória RAM do computador. Se você abrir várias janelas ao mesmo tempo, funciona, mas o processamento é mais lento”, diz ela. Dica contra a sobrecarga: estabeleça prioridades. Não adianta bombardear o cérebro achando que ele vai “aprender” a reagir ao ataque.

Sedentarismo

Nosso cérebro é feito de células, irrigadas por sangue e que precisam de oxigênio para funcionar, como todos os outros órgãos do corpo. “A atividade física eleva a produção de neurotransmissores (substâncias que atuam na troca de informações entre os neurônios) associados ao bem-estar e à saciedade. Mas siga regras: faça pelo menos 30 minutos de atividade, para aumentar  o condicionamento cardiovascular, cinco vezes por semana. Mas não se exercite em jejum, pois o cérebro se alimenta de glicose — sem ela, você pode ficar com tonturas, por exemplo. Exercícios respiratórios e de meditação também são positivos porque reduzem a liberação de hormônios relacionados ao estresse”, como explica a nutricionista Patricia Davidson Haiat, membro do Institute for Functional Medicine. “Pessoas que se exercitam com regularidade também apresentam menos queixas relacionadas a distúrbios do sono e desconfortos musculares, que afetam a capacidade de se concentrar”, afirma a profissional de Educação Física Ana Paula Oliveira, da Academia Smart Fit, em Recife.

Dieta pífia

A alimentação também influencia diretamente na atividade cerebral. Uma demonstração clara da veracidade dessa afirmação é o resultado de um estudo realizado pelo neurologista Cícero Galli Coimbra, da Unifesp, no qual pacientes com doença de Parkinson tiveram até 90% de melhora após mudanças na alimentação. Portanto, diga sim aos peixes e vegetais e evite carnes gordurosas e alimentos processados. Outro destaque vai para o ovo. Ele é fonte de colina, que participa da formação dos neurônios e repara as células cerebrais avariadas.

Negligenciar exames de rotina

Alterações hormonais influenciam a disposição mental. Uma delas é o hipotireoidismo, uma disfunção frequente da glândula tireoide, que regula o metabolismo do corpo. Entre os principais sintomas estão inchaço, fadiga, sonolência, memória fraca, raciocínio lento e falta de concentração. Enfermidades como a síndrome metabólica, que associa alterações como hipertensão, colesterol elevado e o aumento das taxas de açúcar no sangue também podem deixar você meio fora do ar. “É importante monitorar a saúde do organismo sob a supervisão de um médico de confiança”, pontua o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo.

Viver sem objetivo

O psicólogo Cristiano Nabuco diz que é comum encontrar pessoas que vivem sem planejar o futuro. Mas ele adverte: “Isso também pode levar a uma perda da atenção e falta de foco”. Para romper esse ciclo, Nabuco costuma sugerir aos indivíduos que se perguntem como e onde desejam estar daqui a cinco anos. “Quando a pessoa leva a sério, começa a pautar sua vida em cima de objetivos. E uma das coisas que melhoram imediatamente é a atenção”, ensina ele.

Remédios demais

A troca de medicamentos ou até a interação entre dois ou mais remédios pode ter impacto na prontidão intelectual e na concentração. Estudos recentes sugerem que o uso de doses elevadas de estatina, remédio para baixar o colesterol, podem vir a prejudicar a memória. Antidepressivos, antialérgicos, sedativos e betabloqueadores (para a pressão arterial) também podem interferir. Algumas pessoas mais sensíveis não se dão bem, por exemplo, com o uso do medicamento topiramato, que lhes proporciona uma espécie de declínio cognitivo. Anote todos os medicamentos que você está tomando e reveja a lista com o seu médico.

 

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