A neurociência atribui ao exercício mental de fazer cálculos matemáticos o nome de "controle executivo frio" pois está desassociado das emoções. Porém, segundo uma pesquisa realizada na Universidade Duke, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, isso está mais ligado do que imaginávamos.
Para provar esta teoria, os pesquisadores recrutaram 186 estudantes universitários, que passaram por ressonâncias magnéticas enquanto resolviam, de cabeça, alguns desafios lógicos. Além de terem que responder como lidaram com problemas pessoais mais recentes e como estava sua saúde mental.
Quando analisaram os resultados, os cientistas perceberam que os participantes que tinham o córtex pré-frontal dorsolateral mais ativos também usavam uma estratégia muito inteligente para controlar suas emoções.
Os estudantes que estimulavam mais o cérebro com os problemas matemáticos tinham uma estratégia muito analítica sobre problemas pessoais. Essas pessoas relataram que ao se deparar com um problema, elas o analizavam e processavam o mesmo, adaptando suas emoções associadas com esse acontecimento e buscando torná-la mais positiva. Transformando o problema em motivação. Quem usava esse tipo de regulação emocional também apresentou níveis mais baixos de ansiedade e depressão.
Segundo o artigo publicado pela universidade, a gestão das emoções depende de três fatores: fazer análises racionais antes de sair fazendo julgamento (o que é fundamental para resolver um problema matemático), construir expectativas e ser capaz de enxergar uma série de explicações alternativas.
O autor do estudo, Matthew Scult, fala que "Nossa pesquisa mostra a primeira evidência direta de que nossa habilidade de regular emoções como medo ou raiva reflete a capacidade do cérebro de fazer cálculos numéricos mentalmente".
Há apenas uma falha neste estudo e gostaríamos que você refletisse sobre isso e comentasse abaixo: Qual fato causou o outro? Uma pessoa que é bom em matemática tem um emocional melhor ou quem é mais estável emocionalmente é melhor em cálculos mentais?
Os pesquisadores afirmam que o estudo está apenas começando e que querem acompanhar crianças até a vida adulta e ver qual das habilidades se apresenta primeiro.